Ártemis deusa da lua
Raça: Deusa Olímpica
Aspectos: Deusa lunar; Deusa dos bosques; Deusa dos partos; Deusa da caça; Deusa da magia; Deusa da fertilidade e maternidade.
Cônjuge: Não possui.
Filiação: Júpiter e Leto
Descendentes: Não possui.
Aliados: Apolo; Hécate; Proserpina; Salácia; Febe; Selene; Fauno; Minerva; Ceres; Vesta; Fauna.
Plantas relaccionadas: Artemísia; absinto; lírio; camélia; lunária; salgueiro; azevinho; trombeta; erva-cidreira; capim-limão; eucalípto; cânfora; rosa; sândalo; dama-da-noite; gaultéria; carvalho.
Atributos e símbolos: Arco; Lua crenscente; corça.
Signo associado: Câncer.
Festival romano: 13 de Agosto.
Diana (Ártemis, em grego) é Deusa da lua crescente, da sensitividade, da caça, dos bosques e vida selvagem, e da aversão à sociedade patriarcal. Com os tempos, Diana foi recebendo status de Deusa da magia, sendo devotada por muitas bruxas e adquirindo práticas de magia cerimonial em seus cultos nos grupos de mulheres que seguiam-na. Suas discípulas levavam uma vida feminista, silvestre, modesta e rebelde, muitas delas eram amazonas.
Logo que nasceu ajudou sua mãe a parir seu irmão gémeo, Apolo, tornando-se Deusa dos partos. Mulheres gestantes da antigüidade grega pediam-lhe auxílio no parto. Inicialmente, Diana foi considerada Deusa da vida selvagem. Parece que, durante sua vida, foi uma mulher que se rebelou contra o sistema patriarcal de sua época, saindo das áreas urbanas e vivendo em áreas naturais junto às suas discípulas.
Diana é uma Deusa casta, que mantém sua virgindade. Suas devotas também faziam votos de castidade. Mesmo sendo virgem e tendo aversão à homens, Diana amou o caçador Órion. Apolo, com ciúmes, fez um escorpião perseguir o caçador enquanto este nadava no mar. Enquanto Órion corria do escorpião, Apolo desafiou sua irmã, Diana, a atirar na distante criatura que nadava no mar (Órion). Diana atirou e o matou. Quando descobriu que a criatura era Órion. Vendo o engano, Diana pede a seu pai, Júpiter, que deixe Órion entre as estrelas, formando assim a constelação de Órion, e o escorpião também foi levado às estrelas ao lado de Órion.
Um dia, quando se banhava num rio com as suas caçadoras discípulas, o caçador Acteão, que por alí passava, viu-a nua. Tomada pelo momentâneo susto, Diana jogou um pouco de água do rio no caçador, fazendo-o transformar num cervo. Nem seus cães de caça o reconheceram, perseguindo e matando-lhe.
Em Éfeso encontrava-se uma das Maravilhas do Mundo Antigo, o "Templo de Diana". Lá, só trabalhavam sacerdotisas, todas castas e com status acima de qualquer cidadão. O principal ídolo de Diana do Templo ("Diana de Éfeso") mostrava a imagem da Deusa com vários seios, simbolizando a fertilidade, a maternidade, a abundância. Embora intocada, Ártemis sempre foi associada à maternidade e ao afeto, esta é a principal característica de toda divindade lunar. Curiosamente a cidade de Éfeso foi também a última morada de Maria, mãe de Jesus, a divindade lunar do cristianismo, que tem muita semelhança à Diana greco-romana.
O culto à Diana era amplo. Próximo ao lago Nemi, na Itália, havia um bosque consagrado à Diana, e um santuário também consagrado à Ela. Muitas feiticeiras e devotos da Deusa peregrinavam por lá. É lá o principal foco do culto bruxo italiano (Stregheria), centrada na dualidade divina, de Diana e Lúcifer.
Diana é uma das Deusas que melhor representa o ideal feminino, Deusa da lua crescente e dos bosques. Ela é a própria essência da Lua, representando pureza e intuição nas quais podemos sentir, e também é uma divindade terrestre, da fertilidade e maternidade. A Lua purifica e fertiliza as florestas e bosques, e também influencia as marés. Num aspecto mais interno, a Lua é associada também à geração, criação e maternidade.
Em termos de dualismo divino, Diana e Apolo formam uma dualidade. Diana é a simplicidade, enquanto Apolo é a extravagância. Diana é a alma, a intuição, enquanto Apolo é o logos, a razão. Diana é a Lua, e Apolo é o Sol. Ambos são igualmente importantes na harmonia cósmica.
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