A lenda da Deusa Ishtar; Astarte ou Inanna

Nomes: Ishtar ; Astarte ; Inanna ; Astaroth ; Asterate ; Asterath ; Astarote ; Astorate ; Asterote ; Astorete ; Astartes ; Astartéia ; Asera e Baalat.
Deusa Ishtar; Astarte ou Inanna
Povos: Sumérios ; Babilônicos ; Feníncios ; entre outros.

Oferendas: Velas ; Perfumes ; Flores ; Mel e Vinho .

Planeta associadoVênus .

Datas comemorativas: 
24 de Janiero Deusa Ishtar para amor, fertilidade e batalhas
29 de Março: Festival anual à deusa Ishtar
02 de Junho Shapatu da deusa Ishtar
24 de Maio Festival à deusa Astarte
15 de Julho Dia de Astarte
02 de Janeiro deusa Inanna do céu e da terra


Títulos: Mãe dos deuses ; A brilhante ; A criadora da vida ; Condutora da humanidade ; Guardiã das leis e da ordem ; Luz do céu e senhora da luta e da vitória; Produtora de sementes ; Senhora das montanhas e Rainha da terra. Mãe terrível ; Deusa da tempestade e da guerra ; Destruidora da vida ; Senhora dos terrores noturnos e medos .

Rege: Amor ; Paixão ; Guerra ; Proteção ; Fecundidade ; Fertilidade ; Tempestade ; Renascimento; Chuva ; Primavera ; Erotismo e Sexo .

Rituais: Eram diversos, podendo ser desde os de teor sexual ate a adoração de suas imagens. Mas o principal era o ritual que ocorria no Equinócio da primavera , aonde era festejadas a fertilidade e a sexualidade.

Mitos sobre Ishtar

                 O primeiro mito do rei e heroi Babilônico Gilgamesh, nos diz que, por está muito impressionada com a coragem e a bravura dele, a belíssima deusa se oferece para casar com ele. Porém, sabendo das atitudes negativas da deusa em relação aos seus amantes anteriores o rei recusa, ofendendo assim a deusa Ishtar que enfurecida envia o Touro feroz dos céus para matá-lo, mas com a ajuda de Enduki, seu amigo, os Gilgamesh consegue matar o animal.

                 O segundo mito fala sobre sua descida ao subterrâneo, talvez visando tomar o poder de lá. A grandiosa deusa resolve ir para o submundo conhecer sua irmã Ereshkigal , mas sendo prudente, ela instruiu seu servo para pedir ajuda aos deuses caso ela não voltasse. Para chegar ao submundo ela teria que passar por nove portões e em cada um deles teria que retirar um símbolo do seu poder, como uma roupa ou joia.

                 É interessante refletir sobre esse momento do mito, pois mostra que na morte ou para ela, até os deuses são indiferentes, pois todos os títulos, honrarias, poderes e riquezas, não são levados para o outro lado e de nada importam. Lembrando que esta é a minha opinião, vamos voltar à história.

                 Ao chegar no submundo ela encontra sua irmã, mas ela diz que Ishtar tem que morrer! Matando-a e a pondo nua em uma estaca. Avisado pelo servo, o deus Enki mandam lhe dois mensageiros que restauram-lhe a vida, porém para ela sair do submundo, outro corpo teria que ficar por lá, então ela oferece seu marido Tamuz.

                  O sacrifício mostra o ciclo natural das estações. Como a deusa da vida está no submundo nada nasce, mas seu marido fica em seu lugar trazendo de volta a fertilidade para à terra. Esse mito é muito parecido com o de Perséfone.

 Deusa Ishtar; Astarte ou Inanna e sua dualidade.

               Essa divindade pagã possui uma característica maravilhosa de se estudar; ela não é uma deusa boazinha, nem uma deusa cruel. Ela tem características  que parecem contraditórias, pois ao mesmo tempo que ela rege o amor, ele rege o sexo.                  Com nosso pensamento atual, influenciado por crenças cristãs, pensamos que um é o contrário do outro, mas a deusa Inanna mostra-nos que não! A deusa quebra o conflito do bem e do mal e nos mostra que tudo são apenas escolhas e atitudes visando seus próprios objetivos.
                 Ela rege a guerra e dá proteção aos seus súditos. Ela é a própria fertilidade da terra, mas pode também mandar tempestades. Suas lendas nos mostram uma deusa protetora e pacífica, mas se necessário está disposta a iniciar uma guerra.